segunda-feira, 18 de maio de 2009

DIVAGAÇÕES NOTURNAS - O Amor é o Culpado! Ou Não?



- Eu vou te amar pra sempre!

- Eu também, meu amor!

Dois meses após...

- Eu te odeio!

-eu sempre soube que você não prestava!

(celebre diálogo, entre um casal de namorados, no começo e no fim da relação).

Bem vindos a mais uma divagação noturna, hoje com o tema "amor".

Pois é, mas não precisa temer meu querido leitor, não vou começar a falar do amor em si, e sim, de como somos capazes de empregá-lo tão mal, usando- o como desculpa, para nossos erros, e nossos excessos.

Engraçado, ao longo da história humana, temos centenas de milhares de atrocidades cometidas, usando como justificativa o amor. Seja na bíblia como o próprio Cain matou Abel por ciúme (sentimento normalmente associado ao amor) do apreço de Deus para com seu irmão, seja nos contos trágicos como "Otelo, o Mouro de Veneza", aonde um poderoso general, se vê num ardil, armado habilmente por seu inimigo, que explora o ciúme de Otelo para com sua jovem e bela esposa, visando acabar com o mesmo. Então é fato consumado que as pessoas cometem muitos erros quando (supostamente) estão amando. Mas a questão é

Realmente a fúria, a falta de discernimento, as loucuras e outros tantos fatores negativos, são mesmo reflexos do amor? Ou seriam reflexos da agressividade humana gerada pela obsessão e pelo sentimento de posse?

Hoje em dia, no mundo em que os relacionamentos têm a “profundidade de um pires” (lá vou eu com essa frase de novo)e com a durabilidade de “uma caixa de leite liquido aberta”, é comum que quando o relacionamento dura mais de um mês ou até antes, as pessoas comecem a falar de amor, e de ficar juntos por vida toda. Até ai, nada errado, porém o problema(creio eu) está na dependência afetiva que se cria. Nessa nossa sociedade vazia, capitalista, obscenamente insana e dissimulada, todos nós gritamos desesperadamente por “fazer parte de algo maior do que nós mesmos”(outro clichê meu), e as vezes terminamos associando essa necessidade de ser "visto", de ser notado, de ser amado, à "imagem" do amor e ai é só a ponta do iceberg. Quando o individuo consegue lidar com isso de forma moderada (fato raro de acontecer), ele leva a relação até aonde puder e se/quando termina,após uma semana ou duas de “fossa”(as vezes mais), está pronto para outra. Mas e se, o individuo não aceita a idéia de perder a pessoa “amada”? E se ele não aceita a idéia de que, não é bom o suficiente pra ela?

Ai sim, nós temos o bom e velho efeito “parafuso”, que permeia a maioria das relações, gerando traição, sofrimento, desconfiança, cenas de ciúme constrangedoras, agressões físicas e verbais e infelizmente algumas vezes até os crimes “passionais”. E depois de cometida a ação “maligna”, toda a sociedade voltasse para o nosso mais querido réu, “o amor”.

"O amor, sendo cego, não permite aos apaixonados verem as loucuras que comentem".

(William Sheakspeare)

Segundo pesquisa da University College London, na Inglaterra, os sentimentos amorosos reduzem a actividade nas regiões do cérebro responsáveis pela avaliação crítica e negativa. O estudo sugere que, quando se gosta de alguém e se familiariza com a pessoa, o cérebro suprime a necessidade de julgar o carácter e a personalidade dela.


Como podemos ver logo acima, tanto dramaturgos, quanto estudiosos defendem essa tese de que os sentimentos são capazes de nos “cegar”, porém diferente do pensamento de shakespeare, os estudiosos (ao menos no texto acima) não fazem a afirmação pífia de que o culpado é o amor, é dito “quando se gosta de alguém e se familiariza com a pessoa, o cérebro suprime a necessidade de julgar o caráter e a personalidade dela”, e até onde entendo gostar não é amor. Podemos gostar de sorvete, mas nem por isso vamos matar o sorveteiro, por que vendeu a última "bola" ali na esquina, podemos gostar de roupas, mas nem por isso vamos "xingar" a vendedora por ter vendido a última calça da marca que desejávamos(nota: estou falando de pessoas razoavelmente equilibradas nos exemplos acima, não aqueles com síndrome de “Maçaranduba/vou dar porrada”). Agora a pergunta: quem enfim conseguiu provar a culpa do amor? Será realmente o amor o culpado por nossas desilusões e atitudes desmedidas? Por nossa insistência em não ver os defeitos da pessoa “querida”, até que o mundo "desabe" em nossas cabeças?

No blog de uma amiga ela colocou a seguinte frase: Nunca devemos julgar as pessoas que amamos. O amor que não é cego, não é amor.

Será mesmo o amor cego e surdo? Ou, nosso ego que é grande demais para admitir, que não temos “hombridade” (da definição de: Integridade de caráter; DIGNIDADE) para assumir nossa falta de controle emocional e nossa incapacidade de aceitar que, a pessoa que queremos "bem" é humana e com isso constituída de qualidades e defeitos (inerentes à raça humana).

Até quando vamos isentar o individuo e culpar o amor, Deus, o “país”, ou qualquer outro bode expiatório que normalmente se usa, pra isentar-se das responsabilidades?

Essas perguntas ficam em aberto, para que cada um possa "refletir" e reavaliar seus conceitos sobre “amor”. Ainda há outras nuances aonde os sentimentos são facilmente confundidos, mas essas eu deixarei para as próximas divagações.

E assim me disperso, até as próximas divagações noturnas, eu em meu velho e querido blog, e vocês em todo o Brasil por quê? (A net é nossa! rsrsr)

O amor que machuca, por si só, já provou que não é amor

(João Paulo de Souza Almeida)

10 já divagaram:

ricardo,  18 de maio de 2009 às 12:35  

o amor e muito complicado de se entender e ao meu ver pode tb contrair uma doença muito perigosa q se chama ciume e o ciume e a pior das doenças pois leva a morte de um, do outro ou ate mesmo de ambos.
amor sentimento q n existe que o tenha compreendido realmente!

Sol,  18 de maio de 2009 às 13:16  

Duas pessoas se olham e se sentem atraídas uma pela a outra. Talvez seja o início de um relacionamento de um grande amor. O fato é que se o relacionamento der continuidade formando um casal, começam-se vários desafios para que a relação desabe.
No início tudo parece se encaixar perfeitamente, somente as coisas boas de cada arceiro aparece, como essa frase diz “o amor é cego”, pois nessa etapa do novo relacionamento tudo é visto como aceitável, ninguém ver defeito em ninguém tudo é maravilhoso existe a esperança de que o que não se encaixa será modificado com o tempo.
A questão é que na maioria das vezes, o tempo não se torna um amigo e sim um inimigo, porque aquilo que no início era superável maravilhoso, agora já incomoda, é motivo de brigas e desencontros de um ver o defeito no outro. Pode inclusive interromper o que poderia ser uma linda história de amor, transformando-a num desastre de sofrimentos.
Geralmente os casais que estão passando por uma crise conjugal, tendem a encontrar culpado(s) “Sim” A mulher acredita que o parceiro é o culpado e o homem acredita que a parceira é a culpada, também é comum colocar a culpa na bagunça da casa, na desobediência dos filhos, na sogra, na interferência dos parentes, nas dívidas, na violência, nos vícios, na traição, na falta de romantismo, na pressão do trabalho, na insatisfação e finalmente na falta ou esfriamento do amor. E é isso ai..

Bjus sol

Orly Junior 19 de maio de 2009 às 00:11  

Rapái eu não culpo e nunca culpei o amor porque sei que independente dele, a depender de nossa vivencia, idade e etc, estamos dados a impulsos e ou necessidades biologicas.
Tanto é que se não fossem por elas, nem eu e nem vc estariamos aqui ou "tc"ndo nesse blog ou nem tecnologia para ter blog existiria.
Outra coisa, o humano compartilha de sentimentos que os animais possuem.
Como ate falei em outro blog outro dia, uma macaco por exemplo (chimpanze, e ate os gorilas) também matam. Eles matam suas crias para que as mães lhes dêm maior atenção. O joão de barro (seu xará), mata sua parceira se esta lhe trair com outro (isso mesmo!), e por ai vai.
Ai vem nego e diz "ah os animais são inocentes porque não pensam". e eu respondo, me desculpe você está sendo,l além de arrogante, burro e desinformado. Eles pensam sim, so que diferente de nós não tem o desenvolvimento de manipular a logica como nos temos, por isso somos mais desenvolvidos nesse ambito.
Os animais possuem sociedade, possuem linguagem própria, possuem sentimentos (é so prestar atenção num cachorro e seu sentimento por quem ele gosta) e por ai vai.
Mas porque estou falando dos animais? O tema é sobre o amor humano.
Simples, somos irracionais também, somos dados a sentimentos de possessividade, necessidades biológicas e até sentimentais como os dos animais com o acréscimo de que somos mais desenvolvidos que eles e nos achamos superiores a eles.
O amor nada tem a ver com essas coisas (ja me voltando mais para o topico) porque é algo abstrato. Existe, é falado, é sentido e até confundido, mas o ódio, a possessividade, o ciume, a inveja, dentre outros, são todos sentimentos que nasceram conosco e é nossa maturidade adquirida com o tempo, nossa sociedade, codigos morais e sociais que os amenizam.
O amor pode ser algo etereo, utopico e real (paradoxo) que se obetem com o tempo, com vivencia e convivencia, respeito, carinho, entendimento do proximo e outras coisas que só vivencia, maturidade e certos codigos podem proporcionar.
Sem isso, meu caro, é a Lei da Selva.
E ao contrário do que o Walt Disney mostrou em seus desenhos, a Selva não é tão bonitinha quando aparece no desenho do Rei Leão, não.
É olho por olho, e dente por dente.
E isso inclui nos relacionamentos tambem.
Nos não escapamos disso, saimos da Selva ha pouco tempo por assim dizer e só adaptamos nossa vida nas selvas passadas, para uma selva atualizada: a selva de pedra.

john 19 de maio de 2009 às 02:11  

bem meu velho irmão ricado, como nas palavras de júnior no logo acima, amor é utópico e existente, totalmente paradoxal , mas o conceito de amor(não nos esqueçamos) vem da idéia de se doar sem esperar algo em troca, a partiir do momento que ciume se faz presente é a mais pura demosntração de egoismo e , ao meu ver egoismo e amor são inimigos jurados, portanto acho egoismo aliado da possessão e por fim da fúria gerada pelo sentimento de superioridade absoluta, com relação a "sua" importância para a pessoa supostamente amada . em resumo se há egoismo, possessão, falata de confiança, eu creio que não há amor
espero seu novo comenet, para que possamos continuar esse tema
abraço

john 19 de maio de 2009 às 02:13  

nota: realmente , não há como compreender o amor totalmente , mas há como senti-lo, o problema todo é tentar racionalizar o amor associando ele aos erros cometidos pela essência humana , que históricamente prova-se inerente à raça

john 19 de maio de 2009 às 02:16  

bem sol, tudo o que vc citou, só vem a confirmar minhas palavras no ponto em que , naturalmente muitas relações , dõ errado por motivos, variados , procurasse, dezenas de clpados(menos a si mesmo) e quando a relação definha , são cometidos atos , impróprios e por fim penalizamos o amor(que ao meu ver não teve nada com a história)
espero resposta
abraços

john 19 de maio de 2009 às 02:21  

é verdade senhor vondrake.
vivemos numa selva de pedra, e em nossa magnitude racional(que só serve pra inflamar o sentimento de egocentrismo)olhamos para os animais como inferiores, taxamos a cobra como má, o cão como amigo, o rato como asqueroso, mas nos esquecemos de classificar a humanidade.
esquecemos que os animais seguem seus instintos e nós os nossos, e ai pra não aceitar que somos animais
nos prendemos a conceitos dogmáticos, e colocamos a clpa no amor , ou em outros fatores , para assim ficarmos na posição de vitimas

tsc tsc tsc, até quando seremos assim?

sol,  19 de maio de 2009 às 12:15  

Bem jhon se n teve nada a ver com a história me desculpe então...eu entendir errado..

john 19 de maio de 2009 às 23:00  

não , eu queis dizer que o amor, que não tem nada haver com a história e com os erros humanos
rsrs
vc entendeu certo

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