DIVAGAÇÕES NOTURNAS - quando a senilidade chega!

Bem lá vamos nós numa divagação!

Acho que é da natureza humana sempre querer fazer parte de algo maior do que seu próprio ego. Por mais que tenhamos dificuldade em admitir isso ou até mesmo aceitar. Afinal vivemos numa sociedade que nos diz que devemos ser independentes, frios, precisos e eficientes, os assim chamados “profissionais”, mas não vou entrar nessa polemica, não hoje. Então retornando a questão inicial. Aquele desejo de ser algo mais, de fazer algo mais me levou a buscas infrutíferas e aventuras desmedidas, até que, acompanhado de minha amiga insônia, decidi aderir a um novo estilo e escrever em um blog as minhas “divagações noturnas”, e aqui estou eu.

Mas nessa “evolução” temos uma seqüência de eventos pela qual todo individuo passa, então vamos a ela pra entender melhor a necessidade de ser “parte de algo maior”.

Temos a criança que cresce com sonhos, com o crescimento vem a adolescência, com a adolescência os sonhos dão lugar as aventura, em maior ou menor escala dependendo do individuo. Então com aquela velha conhecida nossa que diz que toda ação gera uma reação, das aventuras se origina o prazer, e este sim senhoras e senhores é o nosso “aliciador”. Que nos leva Às paixões e Às loucuras, também com suas variações baseadas na nossa amada psicologia que nos torna seres únicos. E as loucuras são acompanhadas das conseqüências nem sempre bem vindas, na verdade quase nunca bem vindas.

E ai a nossa história chega a apoteose aonde o individuo sonhador, jovial, aventureiro e passional e às vezes auto-intitulado “esperto”, sofre sua primeira metamorfose. Isso por volta dos trinta ou quarenta anos, mas não é uma regra imutável afinal temos os nossos prodígios e os “não - facilmente adaptados”. Levando-se pela visão do individuo comum, essa mudança ocorre na faixa etária acima citada. Tornamo-nos maduros, temerosos em nossas ações e às vezes (devidamente) descrentes nas pessoas e no mundo ao nosso redor. E independente de fé ou religião, fazemos questão de racionalizar amor, vínculos familiares, relacionamento social, comportamento profissional, definitivamente tudo. E voilà, temos o nosso vegetal maduro, congelado e desidratado. Novamente há exceções, as “eternas crianças” e os “revolucionários” com idéias e conceitos segundo eles (inovadores) e únicos que não convencem nem a eles mesmos.

E passada a fase do adulto “maduro” é chegada a idade anciã, ah a idade anciã, com ela vem os netos, a aposentadoria, a sabedoria. E com a sabedoria a certeza de que essa é a idade que se começa a viver a vida, a idade que valoriza cada suspiro, que conhece o amor seja ele conjugal ou fraterno. Sim esta é a fase que aprendemos a amar o próximo e assim aprendemos a ser humanos novamente, com a pureza das crianças e a sabedoria de muitos invernos. Também temos exceções nessa fase, que prefiro não citar. Mas concluindo uma analise desse texto podemos ver que seguindo pela paixão da juventude, passando pela maturidade da fase adulta e chegando a sabedoria da idade anciã sempre há à necessidade de fazer parte de algo maior, e ai que aderimos a uma religião, a um esporte, a um estilo de vida, escrevemos um livro ou quando a senilidade acomete o individuo na casa dos vinte ou trinta, simplesmente criamos um blog pra expressar nossas idéias.

Os leitores podem estar de acordo com o conteúdo acima, ou tratá-lo como um texto pobre e senil. Afinal todos têm o direito de ter uma opinião, e você sempre pode estar certo e eu errado, ou não.

Abraço a todos, uma boa noite a até as próximas divagações noturnas